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terça-feira, 28 de setembro de 2010

Hattusa parte 3
















Como vocês sabem, a alma do meu blog são as fotos, pois além das informações escritas e comentadas aqui por mim, as fotos são um veículo, através do qual, podemos ver e sentir mundos diferentes! Sendo assim, mais umas fotinhos sobre Hattusa, capital do Império Hitita. Local que recomendo seja visitado por todo aquele que for um amante da história e da arqueologia.

Foto 1, deus Sharumma (os deuses Hititas são sempre as figuras que usam esses chapéus enormes), considerado protetor do grande rei Tuthaliya, carregando o rei e mostrando a ele o caminho a seguir;
Foto 2, Escalando uma das muralhas;
Foto 3, Capela dos Hieroglifos, onde estão escritos todos os feitos do rei Suppiluliuma II com a ajuda de todos os deuses;
Foto 4, entrada para uma das passagens de acesso a cidade;
Foto 5, passagem de acesso a cidade.










Hattusa, parte 2












Para os apreciadores da história e da arqueologia, mais umas fotos de Hattusa, e dos arqueólogos alemães em plena escavação.

Foto 1 portão do rei ( peça original foi removida e se encontra no Museu das Civilizações da Anatólia, em Ancara. O museu foi tema de uma postagem anterior no blog);

Foto 2 portão do leão (sendo restaurado)

Fotos 3, 4 e 5, escavação.





Hattusa, capital do Império Hitita












Nas próximas postagens vou falar sobre duas importantes cidades da época do império Hitita, a capital Hattusa, atual cidade de Bogazkale (200 km de Ancara), e a segunda maior cidade da época (próxima de Hattusa), cujo nome é ainda desconhecido pelos arqueólogos, mas que possivelmente trata-se da cidade de Arina, atual Alacahöyük. Visitando as ruínas do que foi Hattusa, tive a rara oportunidade de ver ao vivo e a cores, uma escavação que estava sendo realizada no local por um grupo de arqueólogos alemães. Foi muito emocionante ver de perto e conversar com os arqueólogos, o que para mim era só coisa de filmes de Indiana Jones :) :)
Hattusa foi a capital do Império dos Hititas ( 2 mil antes de Cristo), na última etapa da idade do bronze. O império Hitita comprendia toda a região da Anatolia central (atual Turquia), a mesopotâmia e a palestina, e era poderoso até a sua queda, por volta do século XII A.C. Os Hititas são mencionados na Bíblia como sendo parte dos cananeus, que viviam entre os israelitas, mas tinham seus próprios reis e leis (ver segundo livro de Samuele demais livros do velho testamento). A civilização Hitita tinha como costume erguer cidades com grandes muralhas, com desenhos em alto e baixo relevo em seus muros, que expressavam de uma forma geral, os deuses e deusas cultuados por eles. Uma das mais conhecidas construções dos hititas, em sua capital, foi um dos templos (conhecido como a casa do deus do ar) utilizados para as cerimônias de ano novo, onde os 12 deuses Hititas ( ainda vivamente escavados em uma rocha) se faziam presentes nas festividades de ano novo e da primavera. Os Hititas eram um povo politeísta, mas extremamente religioso, em seu sistema de governo, os reis eram ao mesmo tempo monarcas e autoridade religiosa máxima. Sendo assim, o monarca escolhia os locais onde seriam erguidos os templos para cada um dos deuses e deusas, e cobrava da população uma taxa para a construção dos mesmos. Nas ruínas de Hattusa foram identificadas 31 estruturas de templos religiosos. O grande templo de Hattusa, por exemplo, possuia uma estrutura de 200 quartos tipo depósito, onde eram guardadas todas as doações do povo, tais como grãos, frutas secas, legumes e vinho, cuidadosamente armazenados em grandes tachos de cerâmica, que totalizavam 2 mil litros.
Os hititas utilizavam os hieróglifos e o cuneiforme como forma de escrita.
As ruínas de Hattusa foram consideradas patrimônio histórico da Unesco em 1986, e ainda recebem escavações de forma continuada.
Na primeira foto, os 12 deuses no templo do deus do ar;
Segunda foto, parte do templo do deus do ar;
Terceira foto, vista geral das ruínas da cidade;
Quarta foto, potes de cerâmica do grande templo;
Quinta foto, parte da muralha da cidade que foi reconstruída e restaurada pelos arqueólogos em no período de 2003 a 2005.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

Bazares turcos 2






















Mais umas fotinhos do Bazar das Especiarias e do Bazar de Izmir, que está localizado próximo a movimentada praça do Konak, cercado por edificações que foram antigas pensões para viajantes no século 18. Em umas das fotos pode-se observar homens lavando os pés para entrar na mesquita localizada dentro do próprio bazar de Izmir.

Bazares turcos
















Toda cidade turca que se preze possui um bazar interessante. Os bazares são locais, normalmente fechados (versão antiga dos shopping centers), onde os consumidores locais e visitantes, podem encontrar quase tudo o que procuram e a preços mais convidativos do que nas lojas comerciais comuns, além de poder pechinchar caso considere o preço caro (aliás pechincha é algo que não pode faltar em uma visita a um bazar turco). Alguns bazares funcionam em edificações bem antigas e tradicionais, como o mais famoso bazar da Turquia, o Grand Bazar de Istanbul, onde os preços são normalmente altos por se tratar de um local turístico bastante visitado. Um dos bazares também interessantes , na minha opinião, onde os preços são mais atraentes, é o bazar das especiarias (também conhecido como bazar egípcio), em Istambul, localizado as margens do corno de ouro, próximo a ponte de gálata. Como o próprio nome diz, o bazar das especiarias é especializado na venda de condimentos, os mais diversos e variados podem ser encontrados lá. O bazar fazia parte da mesquita nova, localizada ao lado, e foi alugado por volta do ano 1660 para o pagamento da construção da mesquita, e desde então tem funcionado como bazar. Em todos os bazares turcos é possível encontrar luminárias, cerâmicas, narguilês, objetos de decoração, condimentos e especiairias, além de artigos têxteis, como as famosas pashiminas turcas, camisetas, artigos de lã, jóias, dentre outras coisas. Quem estiver programando visitar a Turquia não deixe de conhecer o bazar da cidade a ser visitada, que com certeza encontrarás coisas interessantíssimas. E , estando em Istambul, não deixe de visitar o bazar das especiarias, principalmente se você for um apreciador da culinária, pois lá é possível encontrar condimentos, para todos os gostos e paladares, vendidos a granel. As fotos acima são do Bazar das Especiarias e de lojas próximas do bazar em Istambul, e do Bazar da cidade de Izmir.

segunda-feira, 13 de setembro de 2010

Museu Sakip Sabanci
















Durante meu movimentado final de semana em Istambul visitei o Museu Sabanci, onde está sendo exibida, até 25 de setembro, a mostra "Istambul Legendária- de Bizâncio a Istambul- 800 anos da capital". Realmente uma exposição que me deixou maravilhada, pela exibição das peças históricas, logicamente, mas também pelo uso racional e elegante da tecnologia. Única coisa que tenho a lamentar é o fato de não ser permitida a entrada no local com máquinas fotográficas, sendo assim, vou ficar devendo as imagens da mostra, mas vocês poderão apreciar imagens externas desse elegante museu privado. Logo na entrada da exposição o visitante pode apreciar um interessantíssimo video sobre como viviam os povos que habitaram a região desde as idades mais primitivas até os dias de hoje. O video me deixou bastante impressionada porque era algo assim totalmente diferente, que me deu a sensação de ser em 3 D e estar vivo, e não simplesmente imagens corriqueiras de um video qualquer. Ao longo da visita é possível ver peças de diversos museus turcos, tais como o Museu Arqueológico de Istambul (já postado aqui), Museu das Civilizações da Anatólia (já postado aqui no blog) e Museu do Palácio Topkapi, além de museus europeus. Como já revela o título da exposição, a mesma conta a história de Istambul desde os tempos do império romano até os dias de hoje. Em uma das salas o visitante depara-se com uma, realmente impressionante (sei que estou usando muito essa palavra impressionante, mas foi assim mesmo que me senti nessa exposição), projeção das cúpulas das mais importantes mesquitas e igrejas cristãs de Istambul. A projeção é feita em um teto branco em forma de cúpula mesmo, onde a cada apresentação, acompanhada de uma excelente "trilha sonora", pode-se apreciar as cúpulas dessas mesquitas e igrejas cristãs (sempre que aparece uma cúpula de igreja a música de fundo são os cantos gregorianos, quando as imagens são de mesquitas, a música muda para um instrumental otomano). Confesso que essa parte da exposição foi a que mais me agradou.
Fiquei pensando, porque o Brasil, sendo um país tão rico culturalmente, não investe nada em cultura? Nós brasileiros deveríamos copiar os bons exemplos, como esse, da família Sabanci (uma das mais ricas e tradicionais famílias turcas), que usa parte do seu capital para investir e promocionar a cultura de seu país.
O Museu Sabanci é um museu privado, pertencente a família de mesmo nome, e a Universidade Sabanci de Istambul. Foi inaugurado em 2002, na antiga mansão da família, seu acervo principal é constituído de peças que mostram a caligrafia, a pintura otomana e európéia, e também a porcelana. No último piso do museu é possível visitar aposentos originais da família Sabanci, com todos os móveis e pinturas utilizadas na época em que lá viviam .
Localizado às margens do Bósforo, no bairro de Ermigan, o museu está aberto as terças, quintas, sextas-feiras e domingos de 10 as 18 horas. Sábados e quartas-feiras de 10 as 22 horas. Nas segundas-feiras está fechado. o preço do ingresso é 10 liras (equivalente a 11 reais mais ou menos).





sexta-feira, 3 de setembro de 2010

Mais Museu do Azulejo
















Mais umas fotos do museu do azulejo para apreciação de todos. Em uma delas está retratado um dos fundadores do museu Arqueológico de Istambul, Osman Hamdi Bey, na frente da fonte da vida, em 1904 (foto original da fonte poderá ser vista no post anterior). O museu funciona diariamente, exceto as segundas-feiras, de 8 as 17 horas. Com um ingresso só é possivel visitar todos os 3 museus do complexo. Quem for a Istambul não deixe de visitar o local. Proximamente estarei escrevendo sobre o museu Arqueológico, que é simplesmente imperdível. Me aguardem.

quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Museu do Azulejo de Istambul - Çinili Kiosk






Hoje vou falar do Museu do Azulejo, o "Çinili Kiosk". O museu faz parte do complexo de museus arqueológicos de Istambul, e estão localizados um ao lado do outro, no bairro de Sultan Ahmet, próximo ao Palácio Topkapi. São eles: O Museu Arqueológico, o Museu do Antigo Oriente e o museu do Azulejo. O complexo é considerado um dos 5 maiores museus arqueológicos do mundo. O Çinili Kiosk foi construído na época do sultão Mehmet II, o conquistador, em 1472, e fazia parte do Palácio Topkapi, sendo utilizado como lugar de entretenimento da corte, e também era onde o sultão se refugiava dos problemas do palácio para simplesmente brincar com seus filhos. Em 1967 o governo turco reformou o local e reabriu como museu. No Çinili Kiosk é possível apreciar vários tipos de cerâmicas e peças de azulejos produzidas, sobretudo, na época dos Seljúcidas e do império otomano, num total de aproximadamente 2 mil peças. Uma das peças que mais me impressionou foi a fachada da janela da escola de ensino islâmico, construída pela Sultana Hürrem, esposa do Sultão Solimán, o magnífico, em Istambul. A peça tem inscrições em árabe e ainda está em ótimo estado de conservação após mais de 500 anos! As cores predominantes, em quase todas as peças do museu, é a turquesas e o azul marinho, onde em alguns painéis pode-se observar contornos finamente pintados a ouro. Me chamou a atenção também a chamada fonte da vida, construída em 1590, no reinado do sultão Murad III, toda finamente decorada em ouro.