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terça-feira, 18 de dezembro de 2018

ATENÇÃO A TODOS!

Prezados seguidores e amigos, percebi que alguns blogs e páginas relativas à Turquia estão literalmente copiando meus textos e fotos deste blog, e publicando o material como se fossem de sua autoria, sem dar crédito ao verdadeiro autor das publicações ou solicitar a permissão do autor para a publicação do material. Lembro a essas pessoas que existe uma lei no Brasil referente à proteção dos direitos autorais, Lei 9610/98, onde em seu artigo 5º diz : " Para os efeitos desta Lei, considera-se:
VII - contrafação - a reprodução não autorizada;
Em resumo, quem está copiando o conteúdo do meu blog sem a minha devida autorização está infrigindo esse artigo.
Uma coisa é a pessoa compartilhar o conteúdo constante do facebook, onde existe a comprovação da autoria outra coisa é simplesmente copiarem e colarem os textos e fotos e apresentarem como seus em seus blogs.
Já contactei esses blogs e espero que, ou o meu conteúdo seja deletado ou que os devidos créditos sejam dados ao Blog Vida na Turquia. Caso contrário terei que tomar providências cabíveis.
Este blog existe há quase 9 anos e foi um dos pioneiros, sobre Turquia, em língua portuguesa. O blog é fruto de minhas viagens pessoais, do meu tempo dedicado a traduzir material bibliográfico em idioma estrangeiro, e agora, simplesmente, pessoas se acham no direito de serem "espertas" e copiarem os meus textos, sem o menor respeito e ética e apresentarem em seus blogs como se fossem de sua autoria. Sinceramente um blog que faz esse tipo de coisa, que precisa copiar conteúdo dos outros, sem dar os devidos créditos ao real autor, não merece credibilidade.

quarta-feira, 6 de junho de 2018

Considerações sobre a vida na Turquia

Mantenho esse blog há 8 anos e sempre posto aspectos positivos e interessantes sobre a Turquia. No post de hoje resolvi ponderar sobre algumas questões que me incomodam no país.
Em primeiro lugar, para todos aqueles que pensam que a vida no exterior é só glamour, digo que nem tudo é purpurina, plumas e paetês. A vida do expatriado, conceito utilizado atualmente para definir quem mora por opção, trabalho ou necessidade em outro país, não é fácil. Quem opta por deixar seu país de origem não deixa só uma terra, deixa raízes, família, cultura e até mesmo a forma de se expressar fica para trás.
Todas as coisas mínimas do dia a dia, que se conquista em um país como a Turquia, com um idioma bastante difícil, é considerada uma vitória na batalha diária da vida. Por exemplo, conseguir abrir uma conta bancária, é uma tremenda vitória, pois alguns bancos estão optando por não abrir contas para estrangeiros. Um cartão de crédito então? Um luxo, só para estrangeiros que tenham um bom salário. Conseguir uma podóloga, uma faxineira, que falem inglês , outra vitória! E assim se vive.
Sobre a questão das faxineiras, as que falam inglês são geralmente filipinas e sabem muito bem cobrar pelo que oferecem: a possibilidade de uma comunicação correta entre patrão e empregado. E por isso mesmo são mais caras, cobram por hora.
Encontrar médicos que falem inglês aqui na Turquia não é um problema, até hoje nunca encontrei um medico que não dominasse o idioma. O problema são os enfermeiros e demais funcionários dos hospitais, esses só falam turco mesmo.
Em alguns bancos é possível encontrar funcionários que falem inglês , com página web do banco em língua inglesa inclusive.
O dia a dia aqui, se você não falar turco ou não tiver um turco te assessorando, pode ser bem complicado, até para coisas simples como, chamar um chaveiro, chamar a companhia para instalar TV a cabo e internet na sua casa. Sem um turco do lado, tudo vira uma fonte de stress.
Sobre a TV a cabo, sem querer fazer propaganda, existe uma grande companhia de tvs por assinatura cujos canais internacionais geralmente estão com som original, em inglês, com legendas em turco.
Uma coisa que me incomoda muito aqui é a falta de noção do espaço alheio que os turcos possuem. Se você está em uma fila, em uma escada rolante, no metrô, etc, pode ter certeza que um turco ou turca vai grudar em você, não respeitando o círculo invisível do espaço individual ao redor do nosso corpo.
Outra coisa que tenho pavor aqui, se você vai a um supermercado ou qualquer outra loja onde você tenha que passar por um caixa e a fila estiver grande, primeiro o turco vai colar em você, como se o fato de colar adiantasse algo. Depois, suas coisas serão passadas no caixa rapidamente, e você deve empacotar suas coisas e pagar na velocidade da luz, do contrário, o caixa já está atirando sobre as tuas compras os produtos do cliente que estava atrás de você na fila, pois você está sendo lerdo e demorando para empacotar tudo. Não existe a educação e a tolerância de esperarem você empacotar suas coisas para só depois então passarem as coisas do cliente que estava atrás. E se você demora um pouco mais para empacotar o caixa ainda pode te dizer: Anda rápido com isso, não tá vendo que tem gente atrás de você!!!
Coisa bastante chata acontece no metrô, normalmente os trens passam a cada 2 minutos, no máximo 5 minutos, em horários de pouco movimento, mas mesmo assim, as pessoas correm, quase te machucam, te empurram,  para não perder um trem que vai passar de novo 2 minutos depois! Incompreensível para mim essa atitude. Além disso você deve ficar no cantinho direito, ali apertado, na escada rolante, pois tem sempre gente correndo que sobe as escadas dessa forma. Se é para não utilizar o serviço da "escada rolante" por que não sobem pela escada normal?
Se você se casou com turco, acostume-se, a família dele sempre vai te tratar como a "yabanci" , ou seja, a estrangeira, e todos vão te considerar meio tonta, aquela que não sabe de nada, tudo o que você fizer, até mesmo um ovo frito, a sogra ou cunhadas vão considerar que você não sabe quebrar a casca do ovo direito. Você sempre vai estar errada. Elas sempre fazem melhor do que você, na cabeça delas.
Se você vier para Turquia para morar em Istambul, realmente a cidade é linda, maravilhosa e aqui tem de tudo, no entanto, o dia a dia pode ser bem trabalhoso dependendo de onde você mora e de onde vai trabalhar. Algumas vezes, se a pessoa não tem carro, pode ter que tomar 4 tipos de conduções para chegar ao seu destino. O carro também é problema pois a maioria dos lugares não tem local para estacionar e o trânsito é infernal em muitos pontos da cidade. Pode-se levar mais de 1 hora de viagem, em horário de pico, para fazer o trajeto desejado.
A cabeça dos turcos funciona dentro de padrões pré-estabelecidos para tudo. Por exemplo, você vai a uma loja comprar determinado objeto ou solicitar algum serviço, se você disser que não gosta de tal cor e gostaria que seu produto fosse da cor Y, o vendedor vai te dizer, mas  a cor Y não é boa, não fica bem para você, compre a cor X. Aí você diz, não mas eu quero o Y eu gosto. Aí já começa uma discussão, pois o vendedor não aceita que você queira o objeto da cor Y, na cabeça dele o objeto deve ser da cor X. Muito chato isso, você ter que sempre discutir para fazer valer seu desejo, caso ele não esteja nos padrões da cabeça turca.
Se você é mulher tem que atuar como as turcas, gritar sempre para ser ouvida. Caso você entre em uma discussão educada com algum turco esse nunca vai te considerar se você não der uns gritos e fazer chiliques. Exemplo, uma vez estava em um certo local e precisei ir ao banheiro. Me ofereceram um banheiro que tinha fezes até nas paredes. Eu disse desculpa mas esse banheiro não dá para entrar. Disseram que não tinha outro que se eu quisesse teria que usar aquele mesmo. Aí eu comecei a gritar e dar chilique como as turcas, dizendo que era um absurdo me oferecerem um banheiro daqueles, que eu era uma senhora de respeito, etc. No instante seguinte já estavam me oferecendo um banheiro limpo. É mulher e quer ser respeitada? tem que dar chiliques por aqui!
Por falar em banheiro, um costume das turcas quando frequentam banheiros públicos (de restaurantes e afins) é não olhar a sinalização que tem nas portas quando está trancado, ou seja, sendo usado, se vê um marcador vermelho, se está livre o marcador está verde. Elas simplesmente não olham entram, não trancam a porta e algumas fazem tudo com a porta aberta mesmo para todo mundo ver. E quando fecham, você chega, vê o sinal verde abre a porta e a cidadã está lá dentro e ainda te olha  de cara feia. Mas pior que isso é você entrar, trancar a porta e as turcas ficarem batendo na porta até você responder em turco que está ocupado (dolu), se você não responder ficam batendo. Uma vez não respondi, quando saí mãe e filha ficaram me xingando perguntando se eu era surda, porque não respondi quando elas bateram na porta. Eu simplesmente disse em inglês, Do you know to read? This red signal means occupied!! Ai elas responderam em turco só podia ser estrangeira mesmo!! Eu retruquei sim sou estrangeira algum problema ? As duas ficaram lá falando coisas que não entendi  e eu saí do local.
Outra coisa que acontece, também, em transporte público aqui, é entrar um casal com um bebe no colo da mulher, aí o pessoal, que nesse aspecto é cavalheiro, levanta e dá lugar para a mulher. Ela senta e passa o bebê para o homem que está em pé, para que as pessoas deem o lugar para o homem sentar também, afinal, ele agora está com o bebê no colo, logo, merece sentar. E o povo dá lugar para o malandro. Comigo não cola, eu olho para o outro lado finjo que não vi, mas não dou lugar para o homem, malandragem não se cria comigo.
Ponto negativo também acontece nos aeroportos. Você é obrigado a tirar o casaco na entrada do local, para passar no raio X , mesmo que esteja fazendo um frio abaixo de zero. Mas as mulheres de lenço na cabeça, essas não precisam tirar nada, entram com seus casacos e lenços em suas cabeças, não há controle sobre elas. Já as que não usam lenço só lhes resta mesmo é passar frio!
Enfim, esses foram apenas pequenos exemplos das dificuldades e do lado ruim que eu sinto aqui na Turquia. Não sou a dona da verdade, essa é a minha percepção dos fatos, pode ser que para muita gente o que descrevi acima não signifique nada. Mas para mim sim!







domingo, 18 de fevereiro de 2018

Mesquita Selimiye - Edirne

A mesquita de Selimiye, patrimônio cultural da Unesco desde 2011, está localizada na cidade de Edirne,  distante 250 km de Istambul, é considerada a mais perfeita obra do arquiteto otomano Mimar Sinan, ícone da história da arquitetura. Foi construída no período de 1569 a 1575, a pedido do Sultão Selim II, filho do famoso casal de sultões Suleyman e Hürrem. A construção é um complexo que, além da mesquita, conta com escola corânica, torre do relógio, mercado coberto, biblioteca e pátio interior e exterior. Os azulejos utilizados na decoração interior da mesquita são as chamadas cerâmicas de Iznik (cidade turca conhecida pela produção de cerâmicas e azulejos de excelente qualidade). De acordo com os estudiosos, a combinação da decoração interior com a harmonia de toda a estrutura do complexo é considerada obra prima da arquitetura mundial.
A mesquita Selimiye possui 4 minaretes , medindo 83 metros de altura, que já foram os mais altos do mundo.
Durante o cerco da Bulgária à cidade de Edirne, em 1915, a cúpula da mesquita foi atingida pela artilharia mas resistiu ao impacto e demonstrou a força de sua construção e design. Os danos não foram reparados porque Mustafá Kemal Atatürk, fundador da República da Turquia, ordenou que os mesmos não fossem consertados a fim de que as futuras gerações pudessem ver a falta de sensibilidade das guerras.


Vista exterior da mesquita com o esplendor dos seus 4 minaretes

Interior da mesquita

Detalhe da linda pintura do domo da mesquita


Interior da mesquita

Interior da mesquita

Pátio interno

Pátio interno

Detalhe da pintura de um dos pequenos domos do pátio interno

Pátio interno

Pátio externo

Vista da edificação desde o pátio externo

Mercado coberto que faz parte do complexo da mesquita Selimiye

Vista da mesquita com o cemitério localizado atrás da edificação