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terça-feira, 20 de dezembro de 2016

Kadiköy - Istambul

Hoje vou falar um pouco sobre esse bairro super alto astral, Kadiköy, que na antiguidade era chamado de Calcedônia ou Chalkedon. O nome atual foi estabelecido pelo Sultão Mehmet, o conquistador, em 1453.
Kadiköy está localizado no lado asiático de Istambul e é considerado o maior bairro da cidade, com cerca de 500 mil habitantes. O bairro está localizado às margens do estreito de Bósforo, próximo do bairro histórico de Üsküdar e, depois do bairro de Taksin, no lado europeu, é a localidade mais animada da cidade. É o centro cultural do lado asiático, possuindo grande quantidade de cafés, restaurantes, cinemas e comércio variado.  Existem também diversas igrejas cristãs ortodoxas, ainda da época do império otomano, quando ali viviam grande parte dos armênios e gregos.
O modo mais prático de se chegar a Kadiköy, vindo do lado europeu, é pegar um dos barcos que fazem esse  trajeto,  de Eminonü- Kadiköy ou de Kabatas-Kadiköy.
Um passeio por Kadiköy é muito agradável, particularmente gosto muito dos restaurantes que vendem peixe fresco e das livrarias antigas e dos bares.




Barco a caminho de Kadiköy, ao fundo a famosa estação de Haydarpasa


Chegando ao porto de Kadiköy



Ruas para pedestres em  Kadiköy




Exemplo de restaurante cuja especialidade é pratos com peixe fresco e frutos do mar




Ruas do bairro


Barraquinhas vendendo café turco



Comércio variado no bairro

No coração do bairro uma das igrejas ortodoxas da localidade

quinta-feira, 3 de novembro de 2016

Dia da República da Turquia

Comemora-se no dia 29 de outubro o dia da fundação da República da Turquia. Esse ano comemorou-se o 93 º aniversário da República, que foi estabelecida em 29 de outubro de 1923 por Mustafá Kemal Atatürk , após a derrota do Império Otomano na Primeira Guerra Mundial e a consequente divisão de suas terras entre os vencedores do conflito.
Logo após o término da grande guerra, os turcos sob a liderança de Atatürk, se organizaram para garantir uma terra só dos turcos, a chamada Anatólia. Foi iniciada, então, a guerra da Salvação e as forças de ocupação foram expulsas das terras turcas, após a batalha de Dumlupinar, em 30 de agosto de 1922.
O último sultão do Império Otomano, Mehmed IV,  foi deposto em 1º de novembro de 1922, e o mesmo foi obrigado a fugir das terras turcas, ocorrendo, então, a proclamação da República da Turquia, em 29 de outubro de 1923. Mustafá Kemal Atatürk foi escolhido o primeiro presidente desse novo país: A República da Turquia.
Todos os anos acontece um lindo desfile militar, na capital, Ancara (atrás do Centro Cultural e de Eventos Atatürk) , para comemorar a data. No desfile é possível apreciar marchas militares da época otomana, as chamadas "Mehter" (que você pode escutar uma delas  AQUI) , onde os soldados desfilam com roupas de época. Também participam do desfile soldados com roupas da época da guerra da independência, da região do Mar Negro, bem como soldados com suas armas e tanques de guerra da atualidade.
Particularmente gosto muito da parte otomana do desfile, pois além das roupas lindas de época,  as "mehter" são realmente bonitas.
Futuramente vou escrever uma postagem específica sobre esse grande homem, a frente de seu tempo, Mustafá kemal Atatürk. Tenho que estar bem inspirada, pois escrever sobre ele não é tarefa para qualquer um, pois se a Turquia não é hoje um país de constituição religiosa muçulmana (na constituição a Turquia é um país laico), onde todo o cidadão deve ser muçulmano, se há ainda liberdade nesse país, tudo se deve a um único homem: Atatürk, cujo nome quer dizer "Pai dos Turcos". Todo meu respeito e admiração por esse grande homem!


Centro Cultural Atatürk

Povo esperando o desfile com suas bandeiras

Soldados com seus tambores


Um dos pelotões femininos do desfile

Cavaleiro com a bandeira turca

O pelotão dos Otomanos 


Ainda os Otomanos


Mais Otomanos


Esquadrão de helicóptetos


Tanques de guerra



segunda-feira, 12 de setembro de 2016

Cidade antiga de Tróia (Truva em turco)

Está localizada na Turquia, próximo a cidade de Çanakkale, as ruínas da cidade antiga de Tróia, considerada patrimônio cultural da Unesco e imortalizada no filme de mesmo nome, estrelado pelo famoso ator Brad Pitt.
Tróia ficou famosa por ser citada pelo escritor grego, Homero, em sua obra Ilíada, onde é descrita a guerra de Tróia.
Na verdade o local conhecido como a cidade de Tróia foi habitado por diversas civilizações ao longo de 4 mil anos de história. Durante as escavações os arqueólogos descobriram diversos níveis de profundidade de cidades que foram sendo construídas uma em cima da outra, ao longo dos anos.
Ainda existe uma discussão entre os arqueólogos sobre o fato de ser realidade ou não a guerra de Tróia. Caso tal guerra tenha de fato ocorrido, ela teria se passado no que os estudiosos chamam de Tróia VII, ou seja, a sétima de cidade de Tróia, a citada por Homero.
As primeiras escavações no local começaram em 1870, pelo famoso arqueólogo alemão Heinrich Schliemann. Do ponto de vista científico, a descoberta de Tróia foi considerada um marco para estabelecer quando teria sido o primeiro contato das civilizações da anatólia com as civilizações do mediterrâneo.
Tróia é considerada pela Unesco um dos mais importantes sítios arqueológicos do mundo!



Réplica em tamanho real de como seria o cavalo de Tróia, citado no poema de Homero

Imagem frontal da réplica do cavalo de Tróia

Cavalo de Tróia por dentro, onde os soldados e Aquiles teriam se escondido para entrarem na cidade de Tróia

Vista das ruínas de Tróia

Marcações feitas pelos arqueólogos onde se pode observar os níveis das cidades que foram sendo construídas no local 

Outra vista das ruínas de Tróia

Mais ruínas de Tróia

O que teriam sido poços de água na cidade de Tróia

Ruínas de um teatro troiano

Colunas de algum palácio ou templo troiano

Um dos vigias das ruínas, sempre atento e observando os movimentos :)

domingo, 21 de agosto de 2016

Fethiye Ölüdeniz (Mar morto)

É verão na Turquia, e nada melhor que falarmos sobre uma praia maravilhosa, considerada uma das 5 praias mais lindas do mundo: Fethiye Ölüdeniz.
A praia de Ölüdeniz (mar morto) está localizada  a 14 km do balneário de Fethiye,  província de Mugla, na chamada costa turquesa da Turquia, no ponto de conjunção entre o Mar Mediterrâneo e o Mar Egeu. O que mais impressiona nessa praia são suas águas calmas, límpidas e transparentes. O local também é muito procurado pelos praticantes do paragliding, que podem realizar seus saltos diretamente do monte Babadag, tendo como vista panorâmica de vôo a beleza da praia e de toda a região. Outro esporte muito praticado é o scuba diving, onde através das águas transparentes os mergulhadores podem apreciar toda a rica fauna existente no local.
Ölüdeniz recebeu o certificado internacional de "Blue Flag Beach" (praia de bandeira azul) , que significa que o local segue as normas de preservação ambiental.
Além da parte de mar, Ölüdeniz possui uma lagoa, chamada de Lagoa Azul,  de água salgada, que é considerada reserva natural, onde as construções são proibidas.
O ingresso na praia e lagoa se dá mediante pagamento de ingresso único e não é permitida a entrada com alimentos. A alimentação e a bebida podem ser compradas no local.
Também são cobradas taxas para o uso das cadeiras e dos guarda-sóis.




                                                            Vista da Lagoa Azul




                                                            Outra vista da Lagoa Azul



                                           Parte da praia, com o sobrevôo do  paragliding



                                                                     Área da praia



                                                                      Mais praia
                                                       


                                                                    Vista da praia


                                                Vista da praia com as montanhas ao fundo



Vista aérea da praia (foto tirada da internet)

terça-feira, 19 de julho de 2016

Shahmaran ou Shahmeran (Şahmeran)



Alguns dos meus seguidores tem me perguntado sobre a figura mitológica que aparece em quadros nas paredes de novela Sila, então resolvi escrever sobre a lenda de Shahmaran ou Şahmeran em turco, a rainha das cobras. Shahmaran é uma criatura mítica, metade cobra, metade bela e sábia mulher, mencionada no folclore de todos os povos do oriente médio (curdos, turcos e árabes) e até da Índia. A lenda é contada em diferentes versões, uma delas está presente em uma das estórias das mil e uma noites, na estória de Jemlia.

Vou contar aqui a versão mais popular dessa lenda:


Um jovem lenhador chamado Tahmasp saiu com seus amigos para a floresta e enquanto pegavam lenha encontraram um buraco cheio de mel. Eles decidiram, então, levar para casa todo aquele mel. Tahmasp desceu no buraco para pegar o mel, quando os amigos pegaram todo o alimento, decidiram deixar Tahmasp para trás, dentro do buraco. Quando ele já tinha perdido todas as esperanças de sair daquele buraco ele viu uma passagem e conseguiu passar para o outro lado e adormeceu. Quando acordou se viu rodeado por milhares de cobras, pensou que a hora de sua morte tinha chegado e começou a rezar. Quando abriu seus olhos novamente ele viu uma linda mulher, metade cobra metade mulher. A criatura disse a ele, eu sou Shahmaran, a rainha das cobras e você é nosso convidado, não vamos machucar você. Tahmasp pensou estar sonhando e voltou a dormir. No dia seguinte quando acordou, Shahmaran o convidou para um café da manhã e os dois começaram a conversar, a rainha das cobras lhe contava sobre a história da humanidade. Os dois se apaixonaram perdidamente e muitos anos se passaram. Depois de tanto tempo, Tahmasp sentiu saudades da família e disse a Shahmaran que queria voltar e rever seus familiares. Ela ficou muito triste mas permitiu que seu amado voltasse ao seu mundo, mas o fez jurar que nunca contaria a ninguém a localização do seu reino e recomendou que Tahmasp não deixasse que ninguém o visse tomando banho, pois o contado com a água iria revelar suas escamas de cobra. Um dia o rei adoeceu e a cura para a sua enfermidade seria comer a carne de Shahmaran. Os soldados saíram pelo povoado a buscar quem saberia o segredo da localização da rainha das cobras. Após muita procura encontraram Tahmasp e após torturá-lo muito, ele acabou contando a localização de Shahmaran. Tahmasp ficou muito envergonhado ao ver seu grande amor e olhar em seus olhos a decepção e tristeza. Quando estava sendo capturada, Shahmaran disse a Tahmasp, quem comer da minha cabeça morrerá instantaneamente, porém, quem comer do meu rabo será curado de qualquer enfermidade e terá sabedoria. O soldado que não tinha intenção nenhuma de dar a cura para o rei, comeu imediatamente seu rabo e morreu depois de um tempo. Tahmasp ficou tão triste com a morte de seu amor que comeu um pedaço da cabeça, com a intenção de morrer imediatamente. O que aconteceu foi que Shahmaran na eminência de sua morte, quis deixar toda sua sabedoria para Tahmasp, por isso enganou ao soldado ao dizer que a cura e sabedoria estavam em seu rabo, quando na verdade quem comesse seu rabo morreria. Tahmasp então se transformou em um grande sábio e decidiu passar o resto de sua vida vagando pelas montanhas, com a dor pela morte de seu grande amor. Enquanto isso, no reinado das cobras, ninguém sabe que Shahmaran foi morta, as cobras ainda pensam que sua líder voltará um dia. O grande medo da raça humana é o de que as cobras descubram que Shahmaran foi morta, pois nesse dia haverá muita desgraça, já que as cobras cobrarão vingança contra os humanos.

Shahmaran, também chamada de mãe dos curdos, além de beleza e sabedoria, também é símbolo de fertilidade, por isso é comum nas tradições curdas a moça que está prestes a casar receber junto com o dote um quadro com a figura de Shahmaran, O quadro é pendurado no quarto do casal, para que o mesmo seja feliz e fértil.


                                                   

                Uma das versões de Shahmaran, o quadro está no Museu de Bergama, Turquia


                                        Ilustração do encontro de Shahmaran e Tahmasp



                                                      Outra versão de Shahmaran

sábado, 25 de junho de 2016

Igrejas cristãs em Diyarbakır

Já faz um tempinho que eu havia prometido escrever sobre as igrejas cristãs de Diyarbakır.
Sempre que se fala em igreja cristã na Turquia, a referência é a igreja cristã ortodoxa, igreja cristã do oriente (que possui um patriarcado como dirigente e que não reconhecem o Papa como autoridade) , ou a outros segmentos derivados dos ortodoxos. A igreja católica romana, igreja cristã do ocidente, cuja autoridade é o Papa, é quase inexistente na Turquia, existem poucas igrejas em Istambul e em Ancara.
Muitas igrejas foram construídas no final do século III DC na cidade. Essas igrejas eram muito visitadas por pessoas de diversas religiões e também ateus, que faziam seus pedidos (sobretudo a Santo Antônio) e promessas e, de acordo com essas pessoas, eram atendidos. Por essa razão as igrejas de  Diyarbakır costumavam atrair muita gente, por causa dos milagres e preces atendidas.
Uma das principais igrejas é a da Virgem Maria "Syriac" (Syriac era a língua dos sírios da antiguidade). Os sírios da antiguidade chegaram a Diyarbakır após passarem por Antioquia e Urfa, ainda no século 1 DC e implantaram primeiramente valores espirituais, depois culturais no cotidiano da cidade, influenciado até mesmo na arquitetura da cidade. A igreja da Virgem Maria é uma entre dez igrejas syriacs na localidade, tendo sido construída no século III DC, com inscrições cravadas em pedra e madeira. A igreja foi destruída várias vezes por terremotos, incêndios e ocupações ilegais, mas também restaurada outras tantas vezes. O Patriarcado Sírio mudou-se de Antioquia para o local em 1034 DC e serviu de centro do episcopado de Diyarbakır até 1933.
A igreja é muito bonita, mas o padre não tem boa vontade em permitir a visitação, muito menos que se tire fotos do interior, sugere o pagamento de ofertas para que as fotos sejam permitidas.
Outra igreja importante de Diyarbakır é a igreja Mar Petyun dos Caldeus, chamada de igreja de Santo Antônio, foi construída entre os séculos IV e V  DC, também foi restaurada diversas vezes, sendo que a última grande restauração aconteceu ainda no século XVII, e também foi sede do patriarcado por vários anos.
A terceira igreja visitada por mim foi uma igreja moderna, chamada  Diyarbakır Kilisesi (Igreja de Diyarbakır) de denominação protestante, localizada bem em frente à igreja da Virgem Maria.
Para quem visitar  Diyarbakır, não custa nada visitar uma dessas igrejas famosas em milagres e preces atendidas.



                                             
                                    Vista de parte da fachada da igreja Mar Petyun dos Caldeus


                                                 Interior da igreja Mar Petyun dos Caldeus
                                               

                                     Outra parte do interior da igreja Mar Petyun dos Caldeus
                                                 

                                                    Pátio da Igreja da Virgem Maria


                                              Pátio e entrada para a igreja da Virgem Maria



                                              Fachada da igreja protestante de Diyarbakır



                                                Interior da igreja protestante de Diyarbakır

segunda-feira, 23 de maio de 2016

Algumas curiosidades da Turquia e dos turcos

Devido a popularização das novelas turcas no Brasil (Mil e uma noites, Fatmagül e Sila), muitas pessoas passaram a se interessar pela Turquia e sua cultura. Por isso decidi escrever sobre algumas curiosidades a respeito do modo de vida e dos costumes turcos.Vou numerar os tópicos para ficar mais fácil diferenciar os assuntos.
1) Uma das coisas que mais me chamou a atenção no modo de vida da sociedade turca quando eu me mudei para esse país, como eu comentei no em um post anterior ( as novelas turcas na América Latina ) , é o fato dos turcos serem muito apegados à família. Na Turquia a pessoa casa e não passa a formar uma família a parte, ela passa a integrar uma família maior, que é composta pelos familiares do homem e da mulher. Os casais moram sim em casas separadas, na grande maioria das vezes, mas mesmo assim, as obrigações familiares (visitas protocolares, etc ) continuam e o entrosamento com as famílias deve existir. Caso não exista essa entrosamento, se o casamento não tiver muito amor poderá ser ameaçado, pois algumas famílias podem fazer a vida do casal impossível.
2) Quando o casamento for entre turcos e estrangeiros, o mais comum é o homem turco e a mulher estrangeira. Mas também acontece casamentos entre mulheres turcas e estrangeiros, embora menos comum. Normalmente a família turca tem boa aceitação pelo casamento com estrangeiros, desde que o estrangeiro se mostre uma pessoa flexível a aceitar os costumes turcos de uma maneira geral.  Algumas famílias mais conservadoras podem tentar convencer o estrangeiro a se converter  ao islamismo, mas a maioria das famílias turcas modernas respeita que o estrangeiro tenha sua própria fé.
3) O homem turco historicamente falando,costuma ter atração pelas mulheres estrangeiras, desde o tempo dos sultões, pois estes geralmente não tinham filhos com mulheres turcas, a grande maioria das concubinas dos sultões eram mulheres do atual leste europeu, cristãs , que eram capturadas como escravas e passavam a integrar o harém dos sultões.
4) Uma boa parte das mulheres turcas não trabalha e nem está interessada em trabalhar. Elas desejam mesmo é casar, ter filhos e um marido que as sustente. As turcas modernas,  e existem muitas, sobretudo nas cidades grandes, já pensam o contrário, querem ter uma carreira e combinar-la com a formação de uma família.
5) A educação turca geralmente é muito boa, a grande maioria das boas universidades é bilíngue, com aulas em turco e inglês.
6) Na Turquia era muito raro ver a presença de mendigos nas ruas, pois a classe pobre do país não é miserável. Atualmente existem mendigos nas ruas, sobretudo em Istambul, por causa dos refugiados sírios que não conseguem emprego, pois não há empregos suficientes para tantos refugiados no país, e passam a mendigar.
7) A Turquia é um país onde as pessoas normalmente vivem confortavelmente, o custo de vida não é alto, as casas possuem calefação para o inverno, diferentemente do sul do Brasil onde as pessoas podem ser ricas mas não possuem calefação condizente com o frio que faz. Outro ponto interessante é que a classe média normalmente possui máquina de lavar-louças em todas as casas. É raro ver uma casa que não possua uma lava-louças.
8) Os turcos costumam ser nacionalistas, o fundador da República turca, Mustafá Kemal Atatürk é um semi-deus, ninguém pode falar mal dele. O nome Atatürk, que significa pai dos turcos, é considerado um nome exclusivo, ninguém mais pode ser registrado com esse nome.
9) Um coisa importante para se conviver bem com os turcos é mostrar respeito pelas tradições deles.
10) Aqui faço um parênteses sobre essa questão dos casamentos entre estrangeiros para  dizer que, muitas pessoas não conseguem manter uma relação harmônica com estrangeiros, e não falo somente dos turcos, mas de estrangeiros  de uma maneira geral, porque esperam encontrar a forma de vida do Brasil e dos brasileiros em outras pessoas e em outros países. Isso nunca dá certo, quem vai morar e/ou casar com um estrangeiro deve saber, entender e aceitar que não vai encontrar a forma de vida brasileira em outro local e deve aceitar essa realidade, se adaptar e procurar viver da melhor maneira possível para que o relacionamento se torne viável. Em resumo, é como diz o ditado popular "Em Roma aja como os romanos" .
11) Voltando à Turquia, outra coisa interessante é que nas viagens de ônibus, um homem não senta ao lado de uma mulher e vice-versa, só se eles forem um casal, familiares ou conhecidos, ou seja , se você homem ou mulher comprar uma passagem de ônibus pode ter certeza que não sentará ao seu lado uma pessoa desconhecida do sexo oposto. Caso o ônibus esteja cheio e a última passagem for para uma pessoa sentar ao lado do sexo oposto essa passagem não será vendida e o lugar ficará vazio. Já nas viagens de avião não ocorre isso, pessoas desconhecidas do sexo oposto se sentam lado-a-lado.
12) Para os turcos um homem não ser circuncidado é algo inconcebível. A circuncisão é realizada não só por tradição, mas também por ser considerada ato de higiene masculina.
13) Apesar de 99% dos turcos professarem a fé muçulmana, o aborto é legalizado no país e visto como uma coisa normal.
14) Sobre o natal na Turquia escrevi um post anterior sobre o assunto: http://vida-na-turquia.blogspot.com.br/2010/12/natal-na-turquia.html
15) Sobre os banheiros já escrevi aqui: http://vida-na-turquia.blogspot.com.br/2010/04/toilets-la-turca.html
16) Turcos gostam de mulheres de estilo mais discreto, mulheres que riem alto, que demonstram um estilo mais despojado não costumam agradar os turcos e a família turca.
17) Na Turquia não existem motéis, existem hotéis, sobretudo nas cidades grandes que aceitam casais sem que os mesmos apresentem a certidão de casamento , como é exigido em algumas cidades menores.
18) Já que falei em casamento, o estrangeiro após 3 anos de casamento com cidadão turco pode pleitear a cidadania turca, desde que fale turco fluentemente. Na audiência de solicitação de cidadania o estrangeiro deve demonstrar que fala bem o idioma e muitas vezes é necessário que cante o hino nacional turco, como parte da avaliação.
19) Fazer o sinal de figa com a mão é o mesmo que mandar um turco para aquele lugar.
20) Quando um casal se casa ambos devem chamar os sogros de pai e mãe. Então teoricamente depois de casada a pessoa terá dois pais e duas mães.
A medida que eu for lembrando de mais costumes ou curiosidades vou postando mais.

As flores abaixo fotografei nos jardins de prédios na Turquia, para mostrar como o povo é educado e não arranca as flores dos jardins, jamais!