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sábado, 29 de dezembro de 2012

Casa da Virgem Maria ( Meryem Ana Evi )

Está localizada nas montanhas, próximas a antiga cidade histórica de Éfesus,  a casa onde teria vivido a virgem Maria após a morte de Cristo. A humilde casinha se encontra a cerca de 8 km da cidade de Selçuk, no alto do monte Koressos, no Parque Maryemana Kultur Parki .
Segundo a Bíblia : "..Ora Jesus, vendo ali sua mãe, e que o discípulo a quem ele amava estava presente, disse a sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho.  Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E desde aquela hora o discípulo a recebeu em sua casa..."  João 19:26-27.   Após a morte de Jesus, o apóstolo João teria fugido com a virgem Maria para a cidade de Éfesus, importante porto marítimo daquela época (região do mediterrâneo da Turquia na atualidade), no ano 37 DC,  ano que em os cristãos começaram a ser ferozmente perseguidos em Jerusalém.
As ruínas da casa foram descobertas no século XIX  pelo padre francês Julien Gouyet, que seguiu relatos contidos em livro sobre a série de visões que a freira  alemã, Anne Catherine Emmerich, teria tido a respeito dos últimos dias da vida de Cristo e sobre detalhes da vida da virgem Maria. No livro sobre as visões da freira, publicado em Munique em 1852,  é relatado com detalhes a localidade e a estrutura da casa onde teria vivido a virgem Maria. A veracidade sobre a casinha ter sido realmente a última morada da virgem Maria é parte da tradição oral, mantida pelos descendentes dos primeiros cristãos ortodoxos da igreja de Éfesus, moradores da localidade de Kirkince. O local onde está erguida a casa era chamado de Panaya Kapulu por esses primeiros cristãos.
Em termos arqueológicos não ficou comprovado que no local teria mesmo vivido a virgem Maria, já que parte da estrutura da casa remonta ao século IV (o que sugeriria uma reforma do local), no entanto, suas fundações remontariam ao século I. A casa atual teria sido reformanada novamente nos anos 50.
O casa foi declarada local de peregrinação cristã em 1896, pelo Papa Leão XIII. Os Papas Paulo VI, João Paulo II e Benedicto XVI visitaram o santuário.
A casa da Virgem Maria também é considerada local de importante visitação para os muçulmanos.




Estátua da virgem Maria ao pé do monte está localizada sua última morada.



Entrada do parque onde se encontra a Casa da Virgem Maria.



Nos jardins da casa local onde os fiéis depositam velas e suas preces.



Em outra parte do jardim encontra-se esse muro, onde os fiés escrevem em papéizinhos os seus pedidos e ali depositam.




Vista da entrada e da parte lateral da casa.




Também se encontra no jardim, logo abaixo da casa, fonte de água natural que viria de lençol freático que passa por debaixo da casa. Os fiéis acreditam que essa água é abençoada.




Outra vista dos jardins.



Vista da lateral da casa.



Outra parte do agradável jardim.



Fachada e fundo da casa.




Vista da entrada principal da casa. Não foi possível fotografar o interior da casa, pois é proibido. Mas trata-se de uma pequena e simples casa de pedra, de dois cômodos, onde atualmente abriga uma capela de orações.

sábado, 22 de dezembro de 2012

Silifke (Seleucia)

Por quase toda a costa do Mediterrâneo turco é possível encontrar ruínas de castelos, cidades e fortalezas construídas na época do período helenístico e dos impérios romano e bizantino. Toda a costa mediterrânea turca é muito rica em  termos arqueológicos. Uma das interessantes áreas, porém pouco visitada pelo turista estrangeiro, é a região da província de Mersin. No post de hoje vou comentar sobre uma dessas áreas, a cidade de Silifke (antiga Seleucia) e seu imponente castelo.
A cidadezinha de Silifke está situada há 80 Km da cidade de Mersin, às margens do rio Göksu (antigo Calycadnus), possuindo uma população em torno de 80 mil pessoas, foi fundada pelo imperador seleuco Nicator I (um dos generais de Alexandre, o grande), no século III AC. No século II AC a cidade tornou-se um centro religioso, possuindo importante templo dedicado a Júpiter. Silifke (Seleucia) foi local de nascimento de importantes filósofos, tais como Xenarchus e Athenaeus. Seleucia também teve seu papel de destaque com relação ao cristianismo, já que abrigou três importantes concílios da igreja cristã, o Concílio de Seleucia, realizados em 325, 359 e 410 DC.
O castelo de Silifke (Silifke kalesi) foi construído no século IV AC, durante o período helenístico, sendo reformado quase que totalmente durante o período bizantino, sendo utilizado como fortaleza de proteção contra os árabes. No século XII DC, durante a terceira cruzada, o castelo foi capturado pelos armênios sob o comando do futuro imperador Leo I. Em 1210 os armênios entragaram o castelo à ordem dos Cavaleiros Hospitalários, a fim de que os mesmos pudessem defender a região dos ataques dos turcos-seljúcidas. Em 1236 o castelo foi aumentando, e finalmente, em 1476, foi capturado pelo império otomano. O atual castelo é composto de ruínas de 23 torres, cisternas, depósitos de comidas e armas, além de mais de 60 habitações. A seguir, fotos da cidade de Silifke e do castelo, que continua sendo escavado e restaurado pela Universidade de Selçuk.



















 

 


 

 
 

sábado, 1 de dezembro de 2012

Exposição "Crianças de Ouro" ( Altin Çocuklar) - Museu Pera

O Museu Pera, em Istambul, é um dos museus mais interessantes de se visitar na Turquia, pois está sempre oferecendo importantes exposições temporárias (além das belíssimas exposições permanentes), exibindo, geralmente, coleções de renomados artistas europeus (já escrevi sobre o museu em 27 de dezembro de 2011).
Atualmente o Museu Pera está exibindo uma belíssima exposição intitulada: " Crianças de Ouro" . Constam da mostra 57 retratos de crianças  nobres e aristocrátas de toda a europa, do século XVI ao século XIX. Algumas dessas crianças da realeza tornaram-se importantes reis e rainhas. Através dos retratos é possível observar-se as algumas tradições aristocráticas, o que era considerado moda naquela época, além de fazer uma retrospectiva da história política da europa. Além dos retratos das crianças da nobreza européia, o visitante pode apreciar os belíssimos retratos da princesa Mihrimah (chamada pelos europeus de Cameria), filha do casal de sultões Hürrem e Suleyman, o magnífico, e o retrato do príncipe otomano  Abdürrahim Efendi.
A exposição acontece até o dia 6 de janeiro de 2013, sendo patrocinada pela Embaixada da Espanha e pelo Instituto Cervantes. O preço do ingresso é de 10 TL (equivalente a 10 reais). O endereço do Museu Pera é: Mesrutiyet Cad, 65 - Beyoglu - Istambul.



Vista da fachada do Museu Pera.



Sultana Mihrimah, pintada provavelmente por um seguidor do pintor italiano Cristófano Dell Altíssimo, século XVI.


Príncipe  Abdürrahim Efendi, pintado em 1900 por Fausto Zonaro.


Príncipe Phillip Emannuel de Savoy, pintado por Giovannie Caracca.


Carolina Matilda de Gales, pintada por Willem Verelst.


Thomas Plumer Byde e seu irmão John Byde, pintados por Enoch Seeman, século XVIII (nota-sa que os meninos vestem vestidos. Naquela época era moda na aristocracia os meninos usarem vestidos longos)



Rei Edward VI, Príncipe de Gales.


Luís XII, pintado pelo jovem Frans Pourbus, 1610.


Luís XIV e seu irmão Philippe D' Orleans,  pintados por Charles Beaubrun, 1642 ( os príncipes vestem vestidos, como meninas, pois era moda na aristocracia da época vesti-los dessa forma)


Retrato de um bebê, atribuído a Luis XIV.


Luis XV, retratado por um pintor da escola francesa, 1715.


Imperador austríaco, Joseph II, quando bebê.


Futura Rainha Isabel II, da Espanha.


Infanta Margarita Teresa, da Espanha.


A infanta Anne, da Áustria.


Retrato de uma menina de vestido azul, nos jardins do palácio. Pintada por Willem Verelst.



Retrato de 4 crianças, pintadas pelo grupo de Gerard Soest.


Vista geral do segundo andar da exposição.



Entrada do segundo andar da exposição.


Entrada da exposição.



Um dos elevadores do museu decorado com cópia de um dos retratos da exposição.

domingo, 4 de novembro de 2012

Cisterna da Basílica - Istambul

A Cisterna da Basílica de Santa Sofia, em Istambul, é um outro ponto turístico interessante a se visitar no bairro histórico de Sultanahmet.  A cisterna, juntamente com a própria basílica, é uma das contruções mais antigas da história ainda preservada, tendo sido contruída no século VI DC, pelo imperador Justiniano, nos anos de glória do império romano do oriente. Com um total de 9.800 metros quadrados de área construída e com 336 colunas de mármore, sendo a maioria delas ao estilo de coríntios, as paredes da cisterna são de tijolos a vista, contendo uma camada de argamassa contra o vazamento de água.  A água que abastecia a cisterna era proveniente da floresta Belgrado, distante  cerca de 19km de Istambul. Os aquedutos construídos por Justiniano (ainda vistos na paisagem da cidade) eram os responsáveis por transportar a água até a cisterna.
O que mais chama a atenção do turista que visita a cisterna são as duas enormes cabeças de medusa encontradas no lado noroeste. Uma das cabeças está de cabeça para baixo e a outra em posição lateral. Conta a lenda que Medusa era uma moça muito bonita, de lindos cabelos e olhos negros, e que se apaixonou perdidamente por Perseus, filho de Zeus. Como a deusa Athenas também estava apaixonada por Perseus, ficou enciumada e lançou um feitiço contra Medusa, transformando seus cabelos em serpentes, e toda pessoa que olhasse para Medusa seria transformada em pedra. Quando Perseus descobriu que Medusa transformava pessoas em pedras, cortou sua cabeça. Perseus teria ganho muitas batalhas contra seus inimigos mostrando a cabeça cortada da Medusa. Outra lenda conta que Medusa era uma das três irmãs gigantes de Gorgona e que transformava todos que a olhassem em pedra. E por essa razão seria costume, na antiguidade, colocar estátuas da Medusa nas edificações mais importantes para espantar o mau-olhado. Não se sabe ao certo como as cabeças de Medusa foram parar na cisterna, no entanto, estudiosos acreditam que elas seriam parte de alguma outra construção da antiguidade e que, por ocasião da construção da cisterna, foram trasladadas para o local.


Uma das cabeças da Medusa.




Outra cabeça da Medusa.


Vista da escada de entrada da cisterna.




Detalhe de uma das colunas, de arquitetura diferente. Não se sabe ao certo sua origem e significado.



Vista das colunas ao estilo de coríntios.


Vista geral da cisterna.




Vista geral.


Cisterna com suas majestosas colunas imersas em água.




Mais vista das colunas.


Outra vista das colunas, com suas águas cheia de pequenos peixes.





Entrada da cisterna.