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sábado, 22 de dezembro de 2012

Silifke (Seleucia)

Por quase toda a costa do Mediterrâneo turco é possível encontrar ruínas de castelos, cidades e fortalezas construídas na época do período helenístico e dos impérios romano e bizantino. Toda a costa mediterrânea turca é muito rica em  termos arqueológicos. Uma das interessantes áreas, porém pouco visitada pelo turista estrangeiro, é a região da província de Mersin. No post de hoje vou comentar sobre uma dessas áreas, a cidade de Silifke (antiga Seleucia) e seu imponente castelo.
A cidadezinha de Silifke está situada há 80 Km da cidade de Mersin, às margens do rio Göksu (antigo Calycadnus), possuindo uma população em torno de 80 mil pessoas, foi fundada pelo imperador seleuco Nicator I (um dos generais de Alexandre, o grande), no século III AC. No século II AC a cidade tornou-se um centro religioso, possuindo importante templo dedicado a Júpiter. Silifke (Seleucia) foi local de nascimento de importantes filósofos, tais como Xenarchus e Athenaeus. Seleucia também teve seu papel de destaque com relação ao cristianismo, já que abrigou três importantes concílios da igreja cristã, o Concílio de Seleucia, realizados em 325, 359 e 410 DC.
O castelo de Silifke (Silifke kalesi) foi construído no século IV AC, durante o período helenístico, sendo reformado quase que totalmente durante o período bizantino, sendo utilizado como fortaleza de proteção contra os árabes. No século XII DC, durante a terceira cruzada, o castelo foi capturado pelos armênios sob o comando do futuro imperador Leo I. Em 1210 os armênios entragaram o castelo à ordem dos Cavaleiros Hospitalários, a fim de que os mesmos pudessem defender a região dos ataques dos turcos-seljúcidas. Em 1236 o castelo foi aumentando, e finalmente, em 1476, foi capturado pelo império otomano. O atual castelo é composto de ruínas de 23 torres, cisternas, depósitos de comidas e armas, além de mais de 60 habitações. A seguir, fotos da cidade de Silifke e do castelo, que continua sendo escavado e restaurado pela Universidade de Selçuk.



















 

 


 

 
 

2 comentários:

ManDrag disse...

A Ásia Menor (corresponde à actual Turquia) sempre foi uma região disputada, de grande interesse estratégico, tanto militar como económico. Isso lhe valeu uma série de invasões e intromissões que lhe custaram a perda duma identidade própria. Se de início a sua cultura tinha uma feição europeia/helenística, agora ela assume a sua vertente asiática/islâmica.
O cuidado que os turcos têm na exploração e preservação do seu multifacetado passado é um exemplo a ter em consideração; para seguir.
Património histórico preservado é incentivo turístico com grande retorno económico. Não basta ter clima e praias. A cultura também é atractivo!

Abraço.

Hürrem disse...

Querido amigo ManDrag!
Que excelente presente de natal teus comentários por aqui novamente! Fiquei muito contente com a tua sempre bem ponderada opinião sobre os temas!
Concordo plenamente que não basta ter clima bom e praias, a preservação da cultura é fundamental! Abraços fraternos.