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segunda-feira, 4 de novembro de 2013

Monte Chimaera ( Yanartaş ) - Antalya

É chamado de Chimaera (Yanartaş), um monte localizado na localidade de Çirali, na província de Antalya, onde existem chamas naturais, que jamais se apagam e que brotam das rochas devido à presença natural de gás metano na localidade.
Conta a lenda que o filho do rei de Pyra, Hippones, matou seu irmão Belleros, durante uma festividade de caçadores e passou a ser chamado de Bellerophontes, que significa aquele que comeu Bellarus. Bellerophontes foi, então, expulso de seu reinado e pediu asilo ao rei de Argos. O rei Argos considerou injusto assassinar alguém que lhe pediu asilo, e enviou Bellerophontes ao reinado dos Lycios. O rei da Lycia também considerou um erro matar a alguém tão jovem e achou que o mais apropriado seria enviar Bellerophontes para lutar contra o monstro de Chimaera, que vivia nas montanhas, próximo a Olympos. Tal monstro possuía cabeça de leão, corpo de bode, rabo de serpente e  cuspia fogo pela boca.  Bellerophontes aceitou a batalha, montou seu cavalo com asas chamado Pegasus,  e subiram a montanha para a luta. Ao final  da batalha,  Bellerophontes golpeou com sua espada a Chimaera, enviando-o ao fundo da terra. De acordo com a lenda, que é relatada por Homero, e contada verbalmente ao longo de milhares de anos na Anatólia, a chama que segue queimando no monte Chimaera é a chama que o monstro segue cuspindo de onde se encontra, nas profundezas da terra. Ainda de acordo com a lenda, para celebrar a victória de Bellerophontes, os habitantes de Olympos organizaram uma corrida, onde os atletas acendiam suas tochas no fogo lançado por Chimaera,  e corriam ao longo da cidade de Olympos. Sendo essa competição considerada os primeiros jogos olímpicos da Anatólia. Ao longo dos anos, outros esportes foram sendo acrescentados à competição. No entanto, a tocha olímpica é o símbolo da eterna chama de Chimaera, ainda nos dias de hoje.
Além das chamas naturais é possível apreciar no local, ruínas do templo de Hephaistos e uma igreja cristã bastante antiga, o que indica que o local, lendas a parte, foi considerado sacrado por muitos anos. Infelizmente tais ruínas estão em muito mal estado, preciosos afrescos estão expostos e ainda não escavados por arqueólogos, sofrendo a deterioração do tempo e dos vândalos.
O acesso a Chimaera se dá há poucos quilômetros da praia de Cirali, paga-se um pequeno ingresso, e sobe-se uma montanha bem íngreme, por cerca de dois quilômetros de caminhada, a subida possui muitos degraus. A caminhada é cansativa, mas vale muito a pena o sacríficio para apreciar as chamas eternas de Chimaera e as ruínas dos templos.




A subida



Parte da escadaria



Vista geral da montanha




Mais vista geral




Chamas brotando do chão



Chamas


Detalhe de uma das chamas


 
Vista das ruínas do templo



Paredes, portas e janelas do templo




Mais partes do templo


 Detalhe de um dos afrescos da antiga igreja cristã



Ruínas da igreja, parte da cúpula com seus afrescos. O que significa que a igreja segue ainda soterrada, sem escavação de arqueólogos




Detalhe de outro afresco da antiga igreja, a cruz.



Mais afrescos da igreja soterrada


Vista de parte do templo

sábado, 5 de outubro de 2013

Hamamönü - Ankara

Hamamönü é uma área parte do bairro de Ulus, em Ankara, totalmente restaurada (22 mil metros quadrados) e que abriga casas antigas, hoje convertidas em restaurantes, charmosas lojinhas e ateliês de artesanato. O local começou a ser restaurado em 2010, cerca de 300 antigas mansões, que estavam em ruínas, foram recuperadas pela prefeitura da localidade de Altindag, sendo que 22 delas foram reservadas para o abrigo de centros de arte, das mais variadas especialidades. Faz parte do projeto de Hamamönü, o ensino de atividades artesanais (que são vendidas no próprio local) há cerca de 35 mil mulheres carentes, que através desse trabalho, conseguem ajudar na manutenção e sustento de seu lar.
A restauração de área de Hamamönü recebeu prêmio, em 2011, da União Européia, como local de turismo de excelência na Turquia.
Vale muito a pena uma visitinha a Hamamönü!
Relógio da praça central de Hamamönü


Casas recém renovadas


Outra casa


Típica janela das casas antigas de Ankara


Restaurantes

Ateliês


Vista geral

Casas ainda em restauração

Banho turco ( Hamam)


Lojinhas e restaurantes

Mais restaurantes e lojas

Estátua homenageando o gato de Ankara, símbolo da cidade


Vista geral de Hamamönü


quinta-feira, 15 de agosto de 2013

Karatepe

Karatepe ( monte negro, em turco) foi uma fortaleza construída no ultimo período da civilização Hitita, e está localizada dentro de um parque nacional chamado Karatepe-Arslantaş , há 23 km da cidade de Kadirli ,província de Osmaniye,  nas montanhas Taurus, ao lado do rio Ceyhan (conhecido na antiguidade como rio Pyramos). O local foi uma cidade da Cilicia, e se tornou um importante centro neo-hitita, que servia de controle da passagem da Anatólia para o norte da Síria, após a queda do império Hitita, no século XII AC. Posteriormente a cidade foi destruída em uma das várias invasões dos Assírios, por volta de 700 AC.
Em Karatepe é possível apreciar vários tipos de relevos desenhados em grandes pedras, incluindo alguns portais,  estátuas, tabletes e ruínas. Em um tablete de tamanho grande é possível observar a escrita bilíngue ( em língua fenícia e em hieroglifo Luwian).
Karatepe foi descoberta em 1946 e excavada de 1947 a 1957 por Helmuth Theodor Bossert. Os trabalhos de restauração levaram muitos anos. Finalmente no final dos anos 90 o trabalho no local foi entregue à famosa arqueóloga turca Halet Çambel.
De acordo com um documentário de 2010, a paisagem de Karatepe coincide em muitos detalhes com o relato de Homero, em Ilíada, a respeito de Tróia. Segundo os pesquisadores, é possível que Homero tenha utlilizado seus conhecimentos sobre Karatepe (da época em que foi escriba do império Assírio) como inspiração para criar uma ficção descritiva combinada com a lenda de Tróia. Como vocês poderão observar nas fotos, Karatepe é imperdível para os amantes da história e da arqueologia.



Vista do Rio Ceyhan desde a Fortaleza



Uma das entradas da cidade, com seus leões de pedra.



Outra entrada com esfinges de pedra.


Painéis com desenhos em alto relevo, relatando a vida cotitiana dos monarcas e guerreiros.



Outra area, vista dos painéis em alto relevo



Detalhe de um dos painéis.



Desenhos de seres humanos, animais e deidades.



Detalhe de outro painel.



Detalhe de uma das esfinges.


Uma das esfinges.



Uma das deidades meio ave meio homem.



Guerreiro em caça.

Símbolo da fertilidade, mulher amamentando uma criança.



Outro painel com animais e o homem.



Um dos painéis bilíngues.



Outra deidade.


Estátua de um monarca.


Detalhe das escrituras nas costas do monarca.


 
Vista geral de uma das áreas com painéis
 
 


Entrada do museu.




Interesssante foto, dentro do museu, onde as primeiras escavações foram realizadas, em 1947.  O detalhe é que naquela época, a Turquia era um país que se modernizava, pois observa-se que as arqueólogas mulheres estavam usando short!  Em 1947 eram mais modernas que na atualidade!


 
Leões de pedra na entrada do museu