Conta a lenda que o filho do rei de Pyra, Hippones, matou seu irmão Belleros, durante uma festividade de caçadores e passou a ser chamado de Bellerophontes, que significa aquele que comeu Bellarus. Bellerophontes foi, então, expulso de seu reinado e pediu asilo ao rei de Argos. O rei Argos considerou injusto assassinar alguém que lhe pediu asilo, e enviou Bellerophontes ao reinado dos Lycios. O rei da Lycia também considerou um erro matar a alguém tão jovem e achou que o mais apropriado seria enviar Bellerophontes para lutar contra o monstro de Chimaera, que vivia nas montanhas, próximo a Olympos. Tal monstro possuía cabeça de leão, corpo de bode, rabo de serpente e cuspia fogo pela boca. Bellerophontes aceitou a batalha, montou seu cavalo com asas chamado Pegasus, e subiram a montanha para a luta. Ao final da batalha, Bellerophontes golpeou com sua espada a Chimaera, enviando-o ao fundo da terra. De acordo com a lenda, que é relatada por Homero, e contada verbalmente ao longo de milhares de anos na Anatólia, a chama que segue queimando no monte Chimaera é a chama que o monstro segue cuspindo de onde se encontra, nas profundezas da terra. Ainda de acordo com a lenda, para celebrar a victória de Bellerophontes, os habitantes de Olympos organizaram uma corrida, onde os atletas acendiam suas tochas no fogo lançado por Chimaera, e corriam ao longo da cidade de Olympos. Sendo essa competição considerada os primeiros jogos olímpicos da Anatólia. Ao longo dos anos, outros esportes foram sendo acrescentados à competição. No entanto, a tocha olímpica é o símbolo da eterna chama de Chimaera, ainda nos dias de hoje.
Além das chamas naturais é possível apreciar no local, ruínas do templo de Hephaistos e uma igreja cristã bastante antiga, o que indica que o local, lendas a parte, foi considerado sacrado por muitos anos. Infelizmente tais ruínas estão em muito mal estado, preciosos afrescos estão expostos e ainda não escavados por arqueólogos, sofrendo a deterioração do tempo e dos vândalos.
O acesso a Chimaera se dá há poucos quilômetros da praia de Cirali, paga-se um pequeno ingresso, e sobe-se uma montanha bem íngreme, por cerca de dois quilômetros de caminhada, a subida possui muitos degraus. A caminhada é cansativa, mas vale muito a pena o sacríficio para apreciar as chamas eternas de Chimaera e as ruínas dos templos.
A subida
Parte da escadaria
Vista geral da montanha
Mais vista geral
Chamas brotando do chão
Chamas
Detalhe de uma das chamas
Vista das ruínas do templo
Paredes, portas e janelas do templo
Mais partes do templo
Detalhe de um dos afrescos da antiga igreja cristã
Ruínas da igreja, parte da cúpula com seus afrescos. O que significa que a igreja segue ainda soterrada, sem escavação de arqueólogos
Detalhe de outro afresco da antiga igreja, a cruz.
Mais afrescos da igreja soterrada
Vista de parte do templo
3 comentários:
Ola, sou criadora e editora do blog Brasileiras pelo Mundo
www.brasileiraspelomundo.com
e estou procurando por colaboradoras que estejam morando na Turquia para escrever sobre a vida local e dividir experiencias.
Se voce estiver realmente morando na Turquia e se interessar, por favor entrar em contato comigo.
Obrigada!
Ann
Eu realmente moro na Turquia, há alguns anos. Agradeço o convite, mas não tenho tempo suficiente nem para me dedicar ao meu próprio blog, muito menos participar em outros blogs. A propósito, achei sei blog super interessante, boa iniciativa. Obrigada novamente.
Incrível esse lugar!!
Carina
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